DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES: DIAGNÓSTICO, MANEJO CLÍNICO E PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS
Resumo
Introdução: As disfunções temporomandibulares (DTMs) são reconhecidas como as condições mais comuns de dor orofacial crônica, sendo resultantes da interação entre fatores psicológicos, estruturais (sistêmicos, genéticos) e posturais. Como as vias patogênicas da DTM não podem ser claramente definidas, o tratamento reversível, minimamente invasivo ou tratamento cirúrgico e alternativas complementares podem ser instituídos associados ou não. Objetivo: Revisar os mecanismos, resultados e protocolos dos principais métodos diagnósticos e terapêuticos da DTM. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e analítico, desenvolvido através de uma revisão crítica e integrativa da literatura. Inicialmente, foi realizada uma análise retrospectiva de estudos primários que abordassem a temática proposta e que estivessem indexados na base de dados da PubMed/MEDLINE e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os descritores DeCS/MeSH empregados durante a busca literária foram: temporomandibular disorder AND therapy AND dentistry. A amostra final contava com 16 estudos. Resultados: As DTMs são definidas como um conjunto de distúrbios musculoesqueléticos que podem envolver a ATM, músculos mastigatórios e arquitetura adjacente. Pacientes com DTM frequentemente relatam perda da eficácia mastigatória, estrição ou deflexão na amplitude dos movimentos mandibulares, estalidos articulares e dor musculoesquelética crônica. A farmacoterapia, fisioterapia, dieta com alimentos leves, talas interoclusais, injeção conjunta de ácido hialurônico (HA), injeção de toxina botulínica (BTX), artrocentese, tratamento artroscópico, laserterapia e manejo comportamental são as medidas terapêuticas mais empregadas durante o manejo da DTM. Conclusão: O manejo da DTM é complexo e controverso devido à dificuldade de determinar as razões exatas da doença e seu caráter multifatorial, requerendo uma abordagem multiprofissional e integrada.
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