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Modelos em 3D

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– Felício Zampieri
– Nayene Leocádia Manzutti Eid
– Cléber Bidegain Pereira

Nos últimos anos, tem-se notado que um número maior de pacientes procuram os consultórios odontológicos para tratamentos ortodônticos, e há algum tempo os ortodontistas entenderam que, mesmo sendo desejável, não era possível guardar definitivamente modelos em gesso destes pacientes, devido à necessidade cada vez maior de espaço físico para seu armazenamento. Desta forma, passaram a usar os modelos em gesso para o exame, diagnóstico, planejamento e trabalho, sendo estes depois descartados e arquivando-se apenas sua fotografia.

Salienta-se que, dependendo de como são adquiridas, as fotografias de modelos de gesso sofrem algumas distorções, de tal modo que não são meios ideais para que se realizem mensurações, principalmente lineares. Daí a necessidade de que sejam feitas avaliações e medidas diretamente no modelo original e, somente depois, estes devem ser descartados. As fotografias passam a servir apenas para avaliação visual.

Um avanço, no sentido de facilitar a manipulação dos modelos digitais foi a possibilidade de inserir bases (zócalos) e, estas eram adicionadas por programas que se encontram, gratuitamente, nos endereços abaixo:

http://www.cleber.com.br/simposio_padronizacao/flash/zocalos.html
http://www.cleber.com.br/simposio_padronizacao/modelos.html

Esta era uma boa solução para facilitar o trabalho de elaboração dos modelos, eliminando-se a necessidade de preparar, lixar e polir suas bases, mas em nada ajudava na fidelidade dos modelos para tomada de medidas.

Eis que, recentemente, viabilizaram-se imagens tridimensionais dos modelos, com total fidelidade e amplos recursos de manipulação. Os modelos são colocados em um scanner especial e digitalizados em três dimensões (3D), sendo posteriormente avaliados por programas, dentre estes, o MAESTRO ORTHOSTUDIO. Nestes modelos em 3D pode-se ter a Discrepância de Modelos e todas as outras medidas que se desejar, com total fidelidade.

Estes modelos em 3D, neste visualizador, além da fidelidade das imagens, sem distorções, permitem:

  • Tomar medidas com precisão;
  • Fazer avaliação da Discrepância do Modelo;
  • Índices vários das arcadas dentárias;
  • Fazer cortes Coronais e Sagitais para analise da intercuspidação;
  • Mapeamento dos pontos de contato.

Coordenadora deste Simpósio:
Nayene Leocádia Manzutti Eid

Doutora em Fisiopatologia Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP;
Mestre em Radiologia Odontológica pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP;
Especialista em Radiologia Odontológica pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP;
Estudiosa e Divulgadora da Certificação Digital na Odontologia;
Professor Adjunto – UNIRG.


23 comentários até agora...

Felicio Zampieri comentou:

17 fevereiro 2014 at 06:37.

No nosso entendimento o modelo de estudo 3D, substitui e supera o modelo de estudo convencional em gesso.
Estamos convencidos que foi vencida a última etapa para a documentação ortodôntica 100% digital.

Felicio Zampieri comentou:

17 fevereiro 2014 at 06:54.

Modelos de Estudo 3D

Como são?
Os modelos de estudo virtuais, são arquivos digitais com reprodução 3D das arcadas dos pacientes que substituem completamente os modelos de gesso. Você consegue ver muito mais detalhes que em um modelo de gesso.

O que posso fazer com eles?
Permitem fazer mensurações, visualizações das arcadas isoladamente ou articuladas, planejar aparelhos, analises 2D e 3D, arquivo morto digital, comparação com fases do tratamento, sobreposição caso inicial/final, compartilhar e discutir o caso com colegas via internet.

Usuários Avançados poderão determinar da posição de braquetes, fusão modelo/cone beam, planejamento virtual de: procedimentos e guias cirúrgicos, procedimentos estéticos, material para confecção de elementos protéticos usinados

Fim das caixas de modelos, diminuindo espaço físico na clínica e diminuindo a quantidade de resíduos tóxicos no ambiente

Como funciona?
1. Com sua senha, acesse os arquivos de seus pacientes no site da Craneum: http://www.craneum.com.br
2. Instale o programa de visualização gratuito (viewer)
3. Clique duas vezes sobre o arquivo, faça tudo que fazia antes e muito mais

José Lucas Barbosa comentou:

18 fevereiro 2014 at 09:14.

Já tenho usado esses modelos digitais há 2 anos e é a solução para nosso problema de espaço no consultório. Além disso facilita as mensurações e orientação aos pacientes. Também impressiona muito e nos ajuda na aceitação do plano de tratamento.

Cláudio Costa comentou:

18 fevereiro 2014 at 20:16.

A transformação no diagnóstico em Ortodontia estará cada vez mais vinculada ao uso de novas tecnologias. As tomografias computadorizadas e as cefalometrias tridimensionais possibilitam novas abordagens quando comparadas com as radiografias cefalométricas bidimensionais. O uso de modelos 3D obtidos por meio de escaneamento direto com microcâmeras intrabucais ou com o uso de modelos de gesso digitalizados por scanners 3D tendem a otimizar o arquivamento e planejamento de guias ou aparatologias ortopédicas/ortodônticas.

Cléber Bidegain Pereira comentou:

19 fevereiro 2014 at 10:26.

PARABÉNS José Lucas Barbosa pelo teu avanço usando esta tecnologia já há dois anos. Magnífico. Como comentou o grande Cláudio Costa, cada vez estamos mais vinculados (e dependentes) das novas tecnologias. Ou aderimos a elas ou ficamos para trás… Peço, em nome da RV AcBO, da qual sou o Editor-Chefe, que escrevas um comentário sobre tua experiência a respeito. Pulicaremos aqui e na RV AcBO. Manda-me uma foto tua + titulação que eu te incluo como simposiasta convidado. No blog, qualquer deles, clica em SIMPOSIASTAS e tens ai o modelo.

Mais uma coisa, percebendo que és avançado assim, peço tua manifestação, também em outros blogs, muito especialmente sobre PNC.

Alael Barreiro Fernandes de Paiva Lino comentou:

19 fevereiro 2014 at 20:44.

Tive contato com os modelos digitais durante meu Doutorado, no ano de 2005. Fiquei realmente muito impressionado com as possibilidades. Na época, tínhamos poucos programas de odontológicos como o Ortohcad da Cadent e o ClinCheck da Invisalign. Minha intenção era utilizá-los na Tese mas o custo e o fato de serem “fechados” sem a possibilidade de exportação em .stl, me fez buscar alternativas. Na época, encontrei softwares de engenharia reversa e modelarem 3D. Utilizei o Rapidform 2006 na Tese e em alguns artigos publicados derivados das pesquisas. Hoje com a possibilidade de obtenção do modelo 3D a partir do centro de documentação e edição ou manipulação destes modelos virtualmente, realizo não só o armazenamento virtual e sim todo processo de planejamento a partir de setups totalmente editáveis. Em 2013 me aproximei da tecnologia de impressão 3D e já realizo em meu consultório o setup, planejamento, impressão 3D e construção de alinhadores ortodônticos transparentes. Tenho um caso publicado em: https://www.facebook.com/ortosetup3d.

Cléber Bidegain Pereira comentou:

21 fevereiro 2014 at 17:05.

Sensacional!!! Parabéns Alael por estar, na clínica, usando esta tecnologia. Quero publicar este teu caso clínico, no BLOG e na Revista da Academia Brasileira de Odontologia (AcBO). Mas, preciso de informações mais detalhadas, destinadas aos não familiarizados com a técnica.

José Benedito Fonseca Limongi comentou:

17 março 2014 at 15:11.

Esta tecnologia do escaneamento dos modelos 3D veio para ficar. Só tenho uma dúvida com relação a fins jurídicos. Se já tem uma aceitação na esfera jurídica.

Rodrigo Passoni comentou:

18 março 2014 at 12:01.

A tecnologia 3D a partir da TCFC, objeto de estudo em simpósio anterior, ainda possui muitas resistências na odontologia, seja por falta de conhecimento para uso, seja por falta de conhecimento em relação à radiação.

Poucas especialidades, como a traumatologia e implantodontia por exemplo, a utilizam no dia a dia.

Nesse caso específico do modelo 3D, o segundo item (radiação) cai por terra, pois essa forma de energia não é utilizada para a obtenção dos modelos. Porém, a falta de conhecimento e o custo ainda inviabilizam a sua utilização.

Simpósios como esse servem para fortalecer e difundir esses novos conhecimentos. E mostrar a facilidade do uso e o pouco custo para os profissionais e pacientes.

Paulo Sakima comentou:

24 março 2014 at 08:35.

Parabéns pelo simpósio! Obrigado pelo compartilhamento dessas importantes informações. Ainda não faço uso dessas tecnologias e vejo como evolução natural migrarmos para esta direção. Qual é o custo de implantação de um sistema de escaneamento de modelos em nossos consultórios particulares?

Cléber Bidegain Pereira comentou:

4 abril 2014 at 09:26.

Todos os arquivos digitais são aceitos na esfera jurídica. O próprio judiciário está Informatizado. Porém, para que não paire dúvidas, é necessário que eles sejam assinados com Certificado Digital. Informações detalhadas em:
http://www.cleber.com.br/jornal_spo/jul04_nayene.html
http://www.cleber.com.br/fe_publica/Eid_apcd.pdf
http://www.cleber.com.br/certifica_otto.html
http://www.cleber.com.br/serpro.html

Cléber Bidegain Pereira comentou:

4 abril 2014 at 09:50.

Oi Paulo Sakima!
Desculpa a demora em responder, tive problemas de saúde. Como sabes, as coisas de informática, nos primeiros tempos em que aparecem, são sempre caras. Depois os preços caem. A implantação do sistema para modelos em 3D ainda é cara, em nível de consultório. Por agora, que eu saiba, são poucos como o Alael Paiva Lima, que têm na clínica. Outros encontram-se nos Serviços de Documentação Ortodôntica. Peço a manifestação, com esclarecimentos detalhados, para Felício Zampiere que tem implantado este sistema na Craneum, http://www.craneum.com.br/

Felicio Zampieri comentou:

16 abril 2014 at 19:30.

Respondendo a Paulo Sakima:

Qual é o custo de implantação de um sistema de escaneamento de modelos em nossos consultórios particulares?

A Implantação nos consultórios tem custo zero, uma vez que o custo está sendo absorvido pelos centros de documentação e o programa de visualização é cortesia deste. Caso deseje implantar um sistema na própria clínica, o custo é de aproximadamente de R$ 50.000,00. Particularmente desaconselho este investimento agora, pois em breve (um a dois anos), os scanners intra-orais certamente cairão muito de preço e aí sim esta será a melhor opção para consultórios.

Felicio Zampieri comentou:

16 abril 2014 at 19:45.

Respondendo a José Benedito Fonseca Limongi: “Só tenho uma dúvida com relação a fins jurídicos.”

O amparo jurídico é total. Os arquivos originais, gerados pelo scanner 3D, são em formato STL (StereoLithoGraphy). Este formato tem ampla história técnica, com mais de 26 anos de uso na engenharia CAD e plena utilização na indústria, o que traz ainda mais segurança jurídica. Da mesma forma com as radiografias geradas em formato dicom. Recomenda-se que o arquivo original deve ser preservado, pois, em caso de litígio, qualquer traço de manipulação será detectado por perícia. Esta é mais uma vantagem do centro radiológico que, sempre organizado, também terá uma cópia do arquivo, que pode ser solicitada pelo juiz ou advogados. Ressalto que, na minha lembrança, até hoje, não tenho conhecimento de nenhum processo odontológico no Brasil, onde tenha se suspeitado de manipulação em arquivos digitais.

Cléber Bidegain Pereira comentou:

17 abril 2014 at 07:52.

Comentando manifestação de Felício Zampieri:

Desde o início, no Fórum do CRO/RS (maio, 2003) e depois no CRO/SP (março, 2004) fui favorável ao Certificado Digital que, realmente, garante a autenticidade dos arquivos digitais de forma inquestionável, segundo legislação atual.

Porém, passado dez anos, não há história, que eu saiba, de arquivos digitais não aceitos nos Tribunais, pela falta de Certiticado Digital. A argumentação relatada por Felício Zampiere, um dos pioneiros nas imagens digitais na Odontologia, é absolutamente certa e irrefutável.

É bem verdade que as imagens digitais podem ser facilmente modificadas, porém, ninguém iria juntar como prova jurídica um arquivo modificado, sujeitando-se a revelação da fraude pela perícia, o que constituiria crime grave de Falsidade Ideológica. Além de que, como ressalta Felício, os Centros de Documentação mantém cópia dos arquivos originais.

Paulo Sakima comentou:

17 abril 2014 at 16:03.

Caros amigos Cléber e Felício,
obrigado pelas informações. Dr. Cléber, espero que já esteja recuperado e vendendo saúde!
Ainda tenho dificuldade de manusear digitalmente estas informações e estes materiais. Reconheço que é um vício que deverá ser abandonado no futuro, pois os meios digitais já estão aí e vieram pra melhorar nosso entendimento do paciente e o armazenamento de material. Considerando a quantidade de modelos de cada paciente, é justo reservar cerca de 1kg de capacidade de armazenamento apenas para os modelos de gesso. Ao longo do tempo, é inviável mantermos tudo isso fisicamente ao nosso alcance. Por isso, acredito que num futuro próximo devamos investir mais pesadamente nesses “scanners 3D” inicialmente para fazermos uma cópia dos materiais dos pacientes antigos. É minha intenção devolver todo o material original ao seu devido dono, o paciente, para que ele guarde e preserve.

Paulo Sakima comentou:

17 abril 2014 at 16:06.

Caro Dr. Felício, a sua empresa oferece estes serviços para cópia de modelos de gesso antigos? Qual é o custo? O formato de arquivo é padrão?

Cleber Bidegain Pereira comentou:

29 abril 2014 at 23:23.

Oi Paulo, Felicio te responderá, quanto ao modelos antigos. Mas, no meu entendimento, é só combinar detalhes.
BRAVO !!! pela tua idéia que não tinha me ocorrido. Realmente é sumamente importante preservar os casos passados. Hoje minhas filhas estão atendendo filhos e netos de meus pacientes. Também retratando casos de 40 e 50 anos atrás… Nem sempre eu tenho a documentação deles, principalmente os modelos… http://www.cleber.com.br/40anos_casos_clinicos/index.html
Imagina se eu tivesse isto em 3D.
Adorei também tua idéia de dar ao paciente a documentação em digital. É sensacional. Esta será uma das conclusões deste BOLG.

Cleber Bidegain Pereira comentou:

29 abril 2014 at 23:32.

Felicio nos conta.
Já existem programas que calculem a discrepância de modelos e tudo o mais que se pode medir e estudar nos modelos ?

Felicio Zampieri comentou:

19 junho 2014 at 22:11.

Ola Dr Sakima
Sim, temos feito escaneamento de acervos de modelos antigos para algumas clinicas. Faremos um contato por e-mail com o doutor.
Abraço
Felicio Zampieri

Cleber Bidegain Pereira comentou:

20 junho 2014 at 06:09.

Passou o tempo de fotografar modelos ortodônticos, colocando zócalos digitais. Diminuia-se o laborioso trabalho de polir modelos e solucionava a dificuldade de arquivar material, que se acumulava demais, com o passar dos anos. Porém, estes modelos fotografados eram insatisfatórios para medições, tinham valor apenas visual.
http://www.cleber.com.br/simposio_padronizacao/flash/zocalos.html
Agora com os modelos 3D chegou a solução definitiva, perfeita e confiável para toma de medidas, sejam lineares ou angulares. Avaliação da Discrepância dos Modelos (DM) e outros cálculos são feitos, com facilidade, pelo programa Maestro 3D e outros.
Estou mandando para a CRANEUM, a fim de serem escaneados, modelos de casos clínicos tratados nos anos de 1960 e, alguns deles, retratados recentemente pelas minhas filhas Ana Lúcia e Laura Maria.
http://www.cleber.com.br/50depois.html
http://www.cleber.com.br/40anos_casos_clinicos/index.html

Lucas Wang comentou:

30 junho 2014 at 14:22.

A digitalização dos modelos além de ser muito útil para arquivar os modelos de gesso, também pode ser utilizada para fazer as próteses.

Fazemos trabalhos com projetos no sistema CAD CAM e damos treinamentos para dentistas e protéticos para conhecer e começarem a trabalhar com o sistema CAD CAM.

Mais informações: 3shapeacademy@gmail.com

Amilcar Fernandes Neto comentou:

11 julho 2014 at 11:11.

Cumprimento a classe e os organizadores, não apenas pela elevada importância da evolução dos métodos em apresentação neste simpósio; mas também, e principalmente, pelo pioneirismo da odontologia na certificação digital em relação a todas as outras ciências! É incontestável a necessidade de padrões rigorosos e absolutamente fiéis ao estágio em que se realizam os registros, para que se perpetue o acesso a esse acervo, fruto da nova tecnologia, seja em que tempo futuro vierem necessitar.

Qual sua opinião?